UFRJ se alia à sociedade civil no combate à COVID-19
17/04/2020

Complexo do Alemão / Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A COVID-19 é realidade nas favelas do Rio de Janeiro. No Complexo do Alemão, que reúne 13 favelas e aproximadamente 180 mil pessoas, há um caso confirmado até o momento e a preocupação é grande. Em muitas casas, falta água, comida e condições de vida adequadas para uma mínima proteção contra o novo coronavírus.

Pensando nisso, mais de 30 entidades da sociedade civil instituíram um “gabinete de crise” e passaram a atuar de forma estratégica, organizando campanhas de arrecadação de produtos básicos.

Participação da UFRJ

Além de se engajar nas ações empreendidas pelo Educap desde o início da pandemia, um grupo de professores e estudantes vem contribuindo com a elaboração de produtos informativos e educativos.

Confira um dos Informativos

“O que fazer para proteger sua família e sua morada? Criamos um material sobre isso, adaptando para a realidade de pessoas que têm água em casa e que não têm, que têm acesso à internet ou não, que sabem ler e que não sabem. Também estamos preparando orientações específicas para entregadores e motoboys”, apresentou Mirella Giongo, professora da Faculdade de Odontologia (FO). “Assim que foi decretado isolamento social, passamos a trabalhar online em busca de apoio para as famílias vulneráveis do Alemão”, relembrou.

Outra atuação da Universidade no Complexo do Alemão é por meio do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Criado nacionalmente em 2010, o PET é parte de uma política de formação e qualificação profissional no contexto da saúde pública. Na UFRJ, a iniciativa teve início a partir do edital 2019/2020, é conhecida como PET Interprofissionalidade (que participa da rotina de três Clínicas da Família localizadas na zona norte do Rio de Janeiro: Zilda Arns, Felipe Cardoso, na Penha, e Wilma Costa, na Ilha do Governador) e envolve atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de Enfermagem, Medicina, Odontologia, Psicologia e Saúde Coletiva. Mirella é parte dessa equipe, composta por 10 docentes, 30 estudantes de graduação e 20 profissionais de saúde.

Trabalhar no âmbito da atenção primária é estar inserido na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e, assim, encarar o direito à saúde de um ponto de vista integral e complexo, com foco na prevenção de doenças. Dessa perspectiva, um ser humano saudável tem sua dignidade resguardada no que diz respeito à alimentação, ao trabalho e à renda, à sociabilidade, ao lazer etc. Essa lógica permitiu que o PET Interprofissionalidade participasse, em 2019, de um evento chamado Ocupa Saúde, aproximando-se, assim, dos movimentos sociais.

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Fonte da notícia: Site UFRJ (Adaptada)