Coppe revela o custo do retrocesso na política ambiental brasileira
13/07/2018

Professores e pesquisadores da Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinam artigo publicado na atual edição da Nature Climate Change, no qual avaliam os impactos do retrocesso na política ambiental brasileira para o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), assumidas pelo Brasil para o atingimento do objetivo acordado pela comunidade por mais de 190 países em Paris em 2015 para limitar o aquecimento global. Entre 2005 e 2012, o Brasil reduziu suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 54%, sobretudo pela redução do desmatamento em 78%. De acordo com os autores, a aprovação do novo Código Florestal, em 2012, provocou um retrocesso gradual na governança ambiental, agravada a partir de 2016 com a barganha política promovida pela chamada bancada ruralista para a aprovação de projetos de interesse do governo federal.Em troca de apoio político, o presidente Michel Temer assinou medidas provisórias e decretos que diminuíram as exigências para o licenciamento ambiental, suspendeu a demarcação de terras indígenas, facilitando que grileiros se beneficiem dos recursos de áreas desmatadas ilegalmente. Isso pode comprometer a bem sucedida política de redução das emissões de CO2 pelo controle de desmatamento, promovida na última década. O artigo “The threat of political bargaining to climate mitigation in Brazil (A ameaça da barganha política para a mitigação climática no Brasil)” é assinado pelos professores da Coppe/UFRJ Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo e André Lucena, os pesquisadores Pedro Rochedo, Alexandre Koberle e Regis Rathmann, também da Coppe/UFRJ; o professor Eduardo Viola, de Ciência Política, da UnB, e pelos professores Britaldo Soares-Filho, Raoni Rajão e a pesquisadora Juliana Leroy Davis, da UFMG.

Fonte: site FAPERJ

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