Inovação é a palavra chave para os próximos 10 anos, garante secretário do MCT
20/04/2011

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT, Ronaldo Mota, disse ontem (19) que não é possível inovar sem produzir conhecimento.

De acordo com Mota, que participou do Seminário Universidades e Empresas: Relações e Interesses, na Delegação da União Europeia no Brasil, em Brasília, o Brasil tem tido grande sucesso em produzir conhecimento, mas insucesso em transferi-lo. "Sem a primeira etapa, não há ciclo completo", explicou.

Para ele, inovação é a palavra chave para os próximos 10 anos e se o País não tivesse um mercado global na dimensão e na escala de hoje, a palavra inovação não teria significado. "Inovação está associada à ideia de mercado, de atendimento de demandas. É o motor da competitividade e do desenvolvimento sustentável. E quanto mais a demanda for globalizada, mais inovação passa a ter, com relevância", frisou.

Segundo o secretário, o Brasil se destaca em produção científica. O percentual do Produto Interno Bruto (PIB) que o País investe em C&T é quase o mesmo dos países desenvolvidos. Em 1995, o Brasil detinha 0,8% da produção científica mundial. Hoje, atinge 2,7%. Na América Latina, tinha 39% da produção científica. Agora, o País é responsável por 55% da produção do conhecimento.

"Não temos problemas de qualidade e nem de quantidade na formação dos nossos doutores e mestres. Crescemos uma média de cinco vezes mais do que a média mundial", explicou Mota.

O Seminário Universidades e Empresas: Relações e Interesses, na Delegação da União Europeia no Brasil, faz parte do ciclo de debates promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e União Europeia (UE), tendo por objetivo realizar discussões relevantes para elaboração de documento técnico. O material é fundamentado para distribuição a setores ligados à temática em questão. O encontro foi o segundo da série e o primeiro deste ano.

(Ascom do MCT)