Acordo do CNPq com instituto norte-americano reforça pesquisa com células-tronco
22/03/2012

Memorando de entendimento a ser assinado nesta segunda-feira (26), em Brasília, pelos presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, e do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (Cirm), Alan Trounson, tem como principal meta fortalecer o incremento da pesquisa científica e tecnológica relacionadas às células-tronco.

O acordo visa também a facilitar o financiamento de projetos colaborativos de pesquisa entre especialistas da Califórnia e do Brasil. Busca ainda explorar oportunidades de programas de intercâmbio de pesquisadores, cientistas, especialistas e estudantes de doutorado, capacitação e formação de projetos de pesquisa conjuntos.

O documento prevê para a implementação das ações de cooperação conjunta a organização de seminários científicos e tecnológicos, workshops, simpósios, a interação entre instituições e grupos de investigação e o intercâmbio de informações.

Para Trounson, o Brasil tem um forte e robusto conjunto de pesquisadores na área de células-tronco, ciência básica e clínica translacional, que deve gerar sinergia produtiva com muitos cientistas e projetos na Califórnia, bem como auxiliar os norte-americanos a alavancar investimentos para esse segmentos de estudo.

O Ministério da Saúde (MS), por meio do CNPq e da Capes, tem financiado com muita ênfase, nos últimos dez anos, pesquisas com células-tronco, permitindo grande avanço, principalmente após a liberação do Supremo Tribunal Federal, como frisa o professor Antônio Carlos Campos de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Hoje, as pesquisas com células-tronco são desenvolvidas por 52 grupos de estudos localizados em várias regiões e também por oito centros de tecnologia financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e MS. Também é significativo o patamar alcançado com ensaios clínicos e terapia celular nas áreas de cardiologia, neurologia e doenças auto-imunes, com destaque para o diabetes.

Assessoria de Comunicação Social do CNPq